quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Por uma relação epistêmica com o saber.

Por uma relação epistêmica com o saber

Este mural foi elaborado para desenvolver as 05 questões abaixo sobre o artigo. Sendo que cada figura ou objeto que nele consta tem um significado; usando nossa criatividade, mostrando nosso conhecimento e colocando em prática nosso aprendizado, detalharemos o que representa cada um deles em relação ao artigo.
Para iniciar, vou explicar o que significa a sinalização de trânsito que utilizamos:

               Parada obrigatória á frente – Adverte o condutor do veículo da
                existência, adiante, de uma parada obrigatória.

                  Obras – Adverte o condutor do veículo da existência, adiante
            de obras no leito da via.
              
   Estacionamento Regulamentado – Assinala ao condutor do veículo que é permitido o estacionamento na via, trecho ou área abrangida pela regulamentação.
           
     Duplo sentido de circulação – Assinala ao condutor do veículo que se acha circulando por uma via de sentido único, sua modificação para o regime de mão dupla; após o ponto que a placa estiver colocada.
         
               Serviço mecânico - Indica a existência de uma oficina mecânica. 



Agora que sabemos o que significa cada placa de sinalização, vamos ver a relação que elas têm com as questões e respostas sobre o artigo.






Qual a importância do artigo?
Este artigo propõe-se a suscitar reflexões sobre o significado da leitura e sua relação com a construção do conhecimento no fazer pedagógico do professor do ensino superior.
A placa nos adverte para uma parada obrigatória que temos que fazer para que possamos refletir sobre o significado da leitura em busca do conhecimento.







Qual a delimitação do assunto feita pela autora?
A construção do conhecimento no fazer pedagógico do professor do ensino superior.
A placa nos adverte a existência de mudança, reforma, melhoria e atualização do conhecimento.






Qual o ponto de vista desenvolvida pela autora em relação ao tema abordado?
A sala de aula tem sido o espaço e o tempo privilegiados para uma ação do professor; cabendo ao aluno, entretanto, apenas atividades mecânicas de ouvir, copiar e reproduzir.
A placa assinala que o aluno está estacionado, não tem criatividade, não trás novos conhecimentos, só faz repetir aquilo que lhe foi repassado.






Que argumentos são usados pela autora para sustentar seu ponto de vista?
Que as atividades mecânicas de ouvir, copiar e reproduzir tende a ser unilateral. No ato interlocutório, emissor e receptor mudam, constantemente, de posições.
A placa assinala que o conhecimento tem de ser em mão dupla, tanto do emissor (professor) como do receptor (aluno), cada um dentro da sua cultura trás novos conhecimentos.






A que conclusão chegou à autora diante do fato observado por ela no desenvolvimento do tema?
A prática docente merece séria revisão, quando se dá conta de que hoje a qualidade da formação do profissional exige muito mais dos alunos que apenas a reprodução das informações que eles receberam na aula.
A placa indica que a pedagogia, deve passar por uma série de revisão, rever conceitos, para que o profissional tenha uma melhor capacitação no desempenho da aprendizagem.
Para exemplificar as questões e repostas utilizamos uma pista de trânsito de mão dupla, sendo que os carros de um lado da pista são os professores, e o outro são os alunos, ambos emitem e receptam conhecimentos.
As placas de sinalização têm por finalidade advertir, assinalar ou indicar as condições dos professores e alunos na construção do conhecimento.
A flor significa o desabrochar, ela é composta por seis pétalas, cinco delas representa as componentes da equipe: Alessandra Borges, Priscila Sant’Anna, Samanta Figueiredo, Regiane Limoeiro, e Verônica Cabús, a sexta pétala é representada pelo papagaio o aluno reprodutor aquele que, ouve, copia e reproduz, o miolo é representado pelo globo e dentro dele tem a palavra chave de todo o processo de aprendizagem: Leitura.
Nós somos como uma flor que desabrocha para o mundo da leitura em busca do conhecimento.










terça-feira, 29 de novembro de 2011

Meu Ideal Seria Escrever...



Meu Ideal Seria Escrever...

Rubem Braga
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse -- "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria -- "mas essa história é mesmo muito engraçada!".

Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.

Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse -- e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aqueles pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse -- "por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!" . E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.

E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago -- mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou
que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina".

E quando todos me perguntassem -- "mas de onde é que você tirou essa história?" -- eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história...".

E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

A crônica acima foi extraída do livro "A traição das elegantes", Editora Sabiá - Rio de Janeiro, 1967, pág. 91.


Meu ideal seria escrever...

Meu ideal seria escrever uma história de um mundo melhor, onde todas as pessoas teriam na vida diária, comida, bebida, moradia, vestimentas, trabalho e tempo para cuidar da alma. Observamos, hoje, que muitas pessoas esqueceram que têm uma alma, um ser interior, que se pode abafar por algum tempo, quando estamos ocupados demais com as coisas materiais. Só que as coisas materiais não nos completam.
Mas, as pessoas que vivem em busca de conquistar bens, fama, prestígio, um lugar de destaque na empresa, na instituição de ensino e, até mesmo, no seio da família, na condição impor respeito, autoridade, hierarquia e esquecem o mais importante; olhar para si mesmo e para quem está ao seu lado.
Por isso, meu ideal seria cultivar, todos os dias, nas pessoas, sentimentos de amor, respeito, amizade, bondade, fidelidade e adoração a vida que Deus nos deu. Somente assim, estaríamos cuidando da nossa alma, do nosso próximo e de toda beleza que a natureza nos oferece.
Precisamos alimentar nossa alma, para que possamos ser felizes.
Alessandra Borges


Meu ideal seria escrever...

Meu ideal seria escrever um conto, que servisse de refúgio e esperança; uma história na qual mexesse com a imaginação e a autoestima das crianças que a lessem, onde a inocência infantil fosse cultivada; as brincadeiras seriam doces travessuras; onde seus gestos seriam amáveis; transmitindo paz e felicidade; vivendo em perfeita harmonia.

É lastimável saber que é apenas um conto. Nós, adultos, sabemos que muitas de nossas crianças têm sua infância roubada, e não fazemos nada para mudar esta situação; ainda permitimos que nossas crianças  continuem sendo hostilizadas, exploradas sem qualquer pudor. Mas, devemos lutar para mudar esta situação, a criança tem que ser respeitada e tratada como a criança que ela é.
Priscila Sant’Anna


Meu ideal seria escrever...

         Meu ideal seria escrever uma história que manifestasse um espanto, uma emoção. Que quando os olhos batessem nessa história não deixassem as pálpebras reagirem ao ler cada palavra, e o leitor tivesse a vontade de retornar ao papel, retomando a emoção, generoso às palavras. Ao entender o assunto, desse à natureza respeito; quando se falasse em ser vivo, entendesse o valor da vida.
Que a história sobre a tartaruga que viaja como as outras solitárias por todo oceano, sem se comunicar com a sua espécie, procurando o macho só para acasalar, pudesse lembrar ao leitor que o ser humano não tão solitário procura o outro para trocar línguas e envolver o corpo do outro ao seu. Voltando à tartaruga já cavando o buraco pondo aos poucos seus ovos, cobrindo com o arremesso da areia, deixando tão independente a eclosão dos filhotes, não podendo ser criticadas, pois os leitores vêem tantas crianças a toa pelas ruas e as tartarugas fazem o correto, vão embora, mas com a certeza de deixá-las seguras, pois com a sua carúncula tomam seu rumo.
E que não me chamassem de louca, nem abandonassem a leitura, que essa fosse mais uma história de sucesso naquele momento e me desse à liberdade de lembrar-se das baleias jubarte, que visitam a nossa costa, num momento tão estratégico mostram a sua capacidade de convivência, numa beleza única. E o leitor pode achar estranho, já que mulheres são comparadas a elas quando extrapolam seu peso, num tom negativo, as baleias tão impressionantes vêm à procura de águas mais quentinhas, nesse nosso país, aproveitando o que para elas é positivo, num país tão preconceituoso.
E quando me perguntasse: quem eu queria homenagear, ou o que queria dizer, falaria que olhassem ao redor, e ela a natureza seria o algo nesse momento gostaria de ver esses olhos, me aprofundar neles e viajar por oceanos, Mata- Atlântica, animais e homens, gostariam de sentir com o leitor o que movimenta seu corpo, seu coração.
Regiane Limoeiro

Meu Ideal Seria escrever...

Meu ideal seria escrever sobre uma sociedade sem violência onde todos pudessem viver em tranqüilidade; principalmente, as nossas crianças, que elas pudessem brincar, correr, pular, dançar na rua sem terem medo.
Mas a sociedade passa por momentos críticos, pois a violência cresce desordenadamente fazendo com que não possamos ter a liberdade que desejamos, pois temos que viver dentro de uma prisão que é nossa casa. Apesar do que vivemos, não podemos desistir, meu desejo era escrever uma bela história na qual iríamos mostrar a felicidade de podermos ter liberdade e sentir a emoção de cada olhar em experimentar o prazer da liberdade.
No final, então, a alegria iria contagiar, todos que na historia estivessem.
Samanta Figueiredo



Meu ideal seria escrever...

 Acordar todos os dias com o som dos pássaros, abrir a janela e ver as árvores frondosas e bonitas. Perceber que a partir de hoje, há menos carros nas ruas e que a maioria das pessoas fossem ao seu destino a pé. E que os meios de transporte público fossem dignos para atender à população. Que as casas permanecessem como casas e não fossem transformadas em condomínios de não sei quantos apartamentos, pois desse jeito a visão do mar fica comprometida.
Que as escolas públicas e privadas sejam realmente lugares de aprendizado sadio, saudável, comprometidos apenas com uma boa educação. Que haja uma corrente dos pais, professores, coordenadores e todos aqueles que desejam semear o aprendizado. As escolas devem ter orgulhos dos seus estudantes e vice versa.
Que não falte comida na mesa de ninguém, que antes de tudo, todos tenham um lar.
Verônica Cabús